Navegando por Autor "Costa, Camila Gabriela Alexandre Geromel"
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- ItemAvaliação da remoção de cromo hexavalente a partir de adsorventes à base de quitosana e celulose bacteriana e os seus efeitos na biota aquática(2020-05-29) Costa, Camila Gabriela Alexandre GeromelAs atividades antrópicas, tanto industriais quanto agrícolas, têm contribuído de forma considerável ao aporte de contaminantes nos recursos hídricos, sobretudo às concentrações de metais nestes corpos receptores. Deste modo, é imprescindível analisar o impacto contaminantes nesses ambientes, bem como os efeitos na biota aquática como forma de prevenir os danos ambientais a estes ecossistemas. O cromo hexavalente [Cr(VI)] foi estudado quanto às taxas de adsorção em pérolas de hidrogéis de quitosana ( ‾GA‾ = 5,5%) e membranas de celulose bacteriana sintetizadas por Gluconacetobacter hansenii (melaço como fonte de carbono). Os resultados de adsorção para os materiais de natureza polimérica avaliados, no tempo de equilíbrio (3 horas), a uma temperatura de 25 °C, foram ajustados ao modelo de Freundlich, com coeficientes de correlação de 95,02% e 98,28%, respectivamente, sugerindo que a adsorção ocorre em mais de uma camada. Quanto à cinética, o melhor ajuste para a quitosana foi ao modelo de pseudo-segunda ordem, o qual pressupõe que ocorra a quimiossorção, ao passo que para a celulose, a o modelo de pseudo-primeira ordem de Lagergren, o qual preconiza a predominância da adsorção por difusão. A adsorção de Cr(VI) em quitosana (5000 mg kg-1) foi superior à adsorção em celulose (2200 mg kg-1), para o tempo de contato de 80 horas e taxa de aplicação de adsorvente de 0,1 g L-1. O Cr(VI) também foi aplicado em testes ecotoxicológicos, com a finalidade de se observar os efeitos da exposição em larvas de Chironomus sancticaroli (Diptera, Chironomidae) e em Allonais inaequalis (Annelida, Oligochaeta). Posteriormente, os adsorventes foram aplicados nestes testes ecotoxicológicos, aplicados ao mesmo tempo que os organismos (tempo zero), com 24 horas de antecedência e com 48 horas de antecedência (T0; T24h; T48h), para que a toxicidade da concentração de Cr(VI) remanescente no líquido fosse avaliada. Na maior parte dos testes, os tempos de contato de 24h e 48h apresentaram maiores taxas de sobrevivência do que o tempo T0, indicando que a presença dos adsorventes, sobretudo para os maiores tempos de contato, reduziu a toxicidade do Cr(VI) devido à redução de sua disponibilidade no líquido, em função da adsorção. A aplicação dos adsorventes em amostras ambientais de sedimentos de córregos, localizados em áreas adjacentes ao cultivo de cana-de-açúcar, também foi avaliada. Foi detectada a adsorção de cádmio, cobre, cromo, manganês, zinco e magnésio não solubilizados no meio líquido comprovando as suas eficácias quando aplicados em ambientes naturais. Sobretudo à importância ambiental por sua não toxicidade e eficácia na remoção de contaminantes, os biopolímeros quitosana e celulose podem ser considerados potenciais adsorventes a serem aplicados em recuperação de contaminantes de ambientes naturais.