Navegando por Autor "Issa, Carina Graminha"
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- ItemTestes ecotoxicológicos para avaliação do potencial impacto ambiental em corpos receptores por efluente de Estação de Tratamento de Esgoto(2019-06-11) Issa, Carina GraminhaO crescimento das cidades sem planejamento adequado tem como consequências a ampla geração e incorreta destinação de resíduos sólidos e líquidos e a falta de esgotamento sanitário adequado, resultando em impactos negativos ao meio ambiente e aos corpos hídricos. O esgoto doméstico é composto predominantemente por matéria orgânica, além de nitrogênio, fósforo, organismos patogênicos e elementos potencialmente tóxicos (e.g.: fármacos), que podem ou não ser removidos nas estações de tratamento de esgoto. Esse efluente final (esgoto tratado), é encaminhado para o corpo receptor, normalmente um rio ou córrego. Quando não removidos durante os processos de tratamento, os compostos remanescentes no esgoto podem causar alterações físicas, químicas e principalmente biológicas nos corpos receptores. Entre as principais alterações biológicas destaca-se a perda de biodiversidade aquática presente no corpo hídrico receptor. O presente trabalho avaliou o possível impacto ambiental causado pelo efluente final de Estação de Tratamento de Esgoto (E.T.E.) em corpos hídricos receptores por meio de testes ecotoxicológicos. Foram selecionadas três estações de tratamento de esgoto, as quais foram avaliadas. Foram coletadas amostras do afluente bruto (P0), efluente final (P1), um ponto a montante (P2) e um ponto a jusante (P3) da mistura do esgoto com o corpo receptor de cada estação. Foram realizados ensaios de toxicidade aguda utilizando as espécies de invertebrados aquáticos Daphnia magna, Chironomus sancticaroli, Allonais inaequalis. Os organismos foram expostos às amostras coletadas para avaliação da sobrevivência. Para a E.T.E. 1, foi constatado adequada eficiência de remoção de toxicidade do esgoto quando comparado o afluente bruto ao efluente tratado, e não foram observados impactos do lançamento do efluente no corpo receptor. A E.T.E. 2, mostrou baixa eficiência de remoção de toxicidade do afluente bruto para o efluente tratado, refletindo em potencial tóxico a longo prazo ao corpo receptor. Da mesma forma, a E.T.E. 3 se mostrou ineficiente para remoção de toxicidade do afluente bruto para o efluente tratado, que refletiu em potencial tóxico ao corpo receptor em longo prazo. De acordo com os resultados obtidos no presente estudo, ressalta-se a importância da utilização de testes ecotoxicológicos como complementação aos parâmetros físicos e químicos exigidos pela legislação para avaliação da eficiência de remoção de contaminantes presentes no esgoto e que possuem potencial para geração de impacto a curto ou longo prazo à biota aquática presente no corpo hídrico receptor.